Seu Severino, mais conhecido entre os lajenses por Caboco, completa hoje 100 anos de vida. Em 2012 eu tinha feito uma matéria com algumas de suas lembranças. No dia que fui lá ele estava econômico nas palavras mas arranquei algumas coisas, confira a postagem abaixo!
QUEM TEM MEMÓRIA TEM HISTÓRIA - (CABOCO)
Seu Severino, mais conhecido por Caboco, é avô de Dalvanira (Preta) esposa de Adeilson Fernandes. Ele nasceu na Fazenda Mulungu em 1915 e morou alguns anos em Angicos; conviveu um tempo com Aluísio Alves e depois com Ramiro Pereira; trabalhou de 1929 à 1934 em Santa Maria quando só havia uma casa; trabalhou no auge do algodão; aposentado como agricultor; filho de Joaquim e Ana; trabalhou na MAIZA em Mossoró.
Caboco entre a neta Dalvanira e o bisneto Daniel
"O primeiro dia que Aluísio foi para a escola eu fui mais ele uma semana, aí eu fugi pra cá pra não estudar."
"Trabalhei muitos anos com Tomaz Pereira lá em Cacimba de Cima fazendo cerca de pedra."
"Trabalhei também pro pai de Vilma (ex governadora)
"Padre Vicente gostava de prozar muito comigo, eu me dava bem com ele."
"Naquele tempo o povo comprava rapadura farinha, fumo; a gente comprava milho em cuia; as coisas eram guardadas em baú; os roçados eram de meia; a carne a gente botava no arame para secar.
"Papai criou 6 filhos. Eu queria ver ele tá conversando com uma pessoa e um filho passar na frente... bastava ele olhar com o rabo do olho."
"No meu tempo não havia médico, para lavar a boca usava a rapa do Juá, a dor de dente curava com um curador. Seu Maguinho curou muito dente."
Nota: Para essa entrevista tive a colaboração do meu amigo Adeilson Fernandes.
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