quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

RAUL CAPITÃO (PARTE I), "O CAPITÃO DO MINÉRIO POTIGUAR"

Cícero Lajes (historiador) - Amante que sou da historiografia local, há algum tempo pesquiso sobre pessoas, lendas, histórias, etc, para escrever causos locais. Ano passado, o estudante Ermenegildo Neto, achou uma edição da Revista Bzzz que muito me interessou, ela dedicou 8 páginas ao Lendário Raul Capitão. Eu dividirei a matéria em 5 postagens, segue a primeira

      Da esquerda para a direita: Severino Capitão (irmão de Raul), jornalistas americanos e Raul.
Escrito por Alice Lima - Fonte: Revista Bzzz, Março de 2014, ano 2, nº 9.
 Edição secundária independente para a Internet: Blog Cícero Lajes

MILIONÁRIO DA SHEELITA - o ex agricultor Raul Capitão ficou tão rico que concedia entrevistas sentado em sacos de sua fortuna.

Personagem lendário e cheio de causos, Raul Capitão ficou milionário do dia para a noite, criou uma onça, foi condenado a 26 anos de prisão por assassinato e conseguiu acabar com a fortuna, então incalculável.

Poucos personagens da ficção tem tantas histórias quanto Raul Capitão. São passagens por várias áreas, desde a fortuna que surgiu em um passe de mágica com a mineração até os contos que mais parecem literatura de cordel. São partes que compõem a biografia de um agricultor potiguar que se tornou um dos homens mais ricos da história do Rio Grande do Norte.

O capitão nasceu Raul Pereira da Silva. Filho de agricultores de Lajes, interior do Estado, aprendeu apenas a ler, escrever e fazer contas simples. O apelido que o identificou foi passado de geração em geração da família. É filho do segundo casamento de seu pai, Joaquim Capitão, que, por sua vez, casou com a cunhada quando ficou viúvo. A jovem foi ajudar a cuidar dos sobrinhos e "para que não ficasse mal falada" virou a esposa do dono da casa. Um dos irmãos de Raul foi cangaceiro do bando de Antônio Silvino, apelidado de "Rifle de Ouro".

A família levava uma vida simples na cidade. Raul, famoso pela honestidade e avidez, tornou-se gerente da Fazenda Amarante, que pertencia a Gonzaga Galvão, onde trabalhou por 18 anos. Foi nesse período que comprou a fazenda Bonfim, lugar do qual anos depois sairia sua fortuna.

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