Dia 26 às 10 hs na UFERSA de Angicos.
Quando meu pai foi embora ele levou muito de mim que partiu com ele: Meu herói, meu protetor, meu líder, meu amigo e meu leitor. Sim, leitor. Na época não tínhamos TV ou rádio, e na nossa humilde ta.pera, apenas uma coisa servia de distração, os folhetos de cordéis. Quando meu pai partiu ele deixou em casa, em uma caixa de sapato, quase Trinta cordéis. Eu tinha apenas oito anos e mesmo assim percebi, que aquele era o momento de me tornar independente. Então fiz meu plano, aprenderia a ler para ter autonomia e me relacionar com aqueles folhetos de cordéis, e assim fiz. O tempo passou e aperfeiçoei minha leitura com os mesmo, era um mundo mágico onde aprendi valores como respeito, determinação, amizade, honestidade, coragem e amor ao próximo. Assim como também vi o que é injustiça, arrogância, orgulho e preconceito. Pude encontrar naqueles cordéis a figura do meu pai me ensinando os melhores valores que podemos seguir na vida. Contudo, não era a mesma coisa, mas mesmo assim, depois de amargar um crescimento sozinho, sou grato ao mesmo por ter me deixado pelo menos esse tesouro que mudou minha vida. E hoje, depois de anos, me tornei um poeta como aqueles que tanto admirei e que participaram ativamente de minha vida. E para ser justo com os poetas de outrora, estou lançando minha Coleção Caçuá de Versos, para que outras pessoas, crianças ou adultos, possam encontrar em minha poesia algo que melhore suas vidas como a poesia mudou a minha. O dia de hoje é de gratidão ao meu Deus que nunca me abandonou, as pessoas que fizeram parte de minha vida e que de alguma forma me ajudaram na caminhada. A meus pais que me deixaram como legado o amor pela literatura, e a todos os que me apoiam, que são inúmeros. Obrigado a todos, aqui está minha retribuição. Lançamento na semana do livro dia 26, na UFERSA de Angicos
Ilustradores: Capa externa, Edigleison Ferreira; Capa interna, Isabela Alcantara Farias; Kalyne Soares ajuda na escrita.
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