quinta-feira, 21 de junho de 2012

SOBRE O CABUGI - ENCONTREI NA NET



3. História
Uma das primeiras citações sobre a existência do Pico do Cabugi foi feita por Moraes (1920), que reconheceu o pico como um vulcão extinto. Rolff (1965) descreveu o Pico como um neck, e fez referência a outros necks similares na região. As primeiras referências sobre nódulos peridotíticos, que são relativamente abundantes no pico do Cabugi foram feitas por Leonardos e Araújo (1968) que descreveram a petrografia dos mesmos. Estudos geocronológicos em alguns dosplugs e necks desta suite alcalina foram feitos por Ebert e Brochini (1968), Cordani (1970) e Ebert e Rodrigues (1973). Estudos petrográficos detalhados e petrológicos envolvendo geoquímica, inclusive química mineral, foram feitos mais tarde por diversos autores, incluindo Comin-Chiaramonti et al. (1986), Princivale et al. (1989) e Sial et al. (1991). O trabalho mais completo, no entanto, ainda é o de Sial (1974), que discute não apenas a origem a partir de um magma lherzolítico desses magmas basálticos alcalinos, mas também o significado tectônico do magmatismo Terciário e Paleozóico na região.



1. Introdução
A suite vulcânica Terciária do Rio Grande do Norte, nordeste do Brasil, é composta de ankaratritos, basanitos e olivina basaltos com afinidades basaníticas ou toleíticas. Essas rochas ocorrem como plugsnecks, diques e derrames que cortam um embasamento Proterozóico ou rochas sedimentares Cretácicas, em um alinhamento N-S que se extende por cerca de 120 km com uma largura média de 25 km (Sial, 1976).
O Pico do Cabugi (conhecido também como Serrote da Itaretama, que significa "região de muitas pedras" em Tupi) é um dos muitos necks desta suite, sendo aquele no qual uma forma em cone bem desenvolvida está melhor preservada na região (Sial, 1976). O Pico se eleva a cerca de 500 acima do nível na planície, sendo um dos pontos mais elevados do Rio Grande do Norte. Ele registra o mais novo (19,7 Ma, Cordani, 1970) magmatismo continental no Brasil.
2. Localização geográfica e geológica
A suite basáltica alcalina Terciária ocorre principalmente concentrada no Rio Grande do Norte, mas há algumas ocorrências na Paraíba e uma em Pernambuco. O Pico do Cabugi localiza-se a 7 km a oeste da cidade de Lajes, no vale dos rios Assu e Piranhas, cerca de 120 km de Natal, capital do Rio Grande do Norte; o centro de seu pico tendo coordenadas 36o19’24"W e 05o42’17"S. O acesso ao Pico pode ser feito a partir de Natal pela rodovia BR 304, totalmente asfaltada (figura 1). O Pico é facilmente visto da estrada uma vez que se eleva bem acima do nível regional, com suas rochas negras formando um cone típico, bem desenvolvido. Faz parte das elevações que constituem o divisor de águas entre as bacias dos rios Ceará-Mirim e Salgado, afluente do rio Assu, pela sua margem direita. O Pico está localizado no sertão, estando seu talus coberto por uma vegetação rala, de baixo porte, típica de clima quente e seco. Os basaltos alcalinos do Pico Cabugi cortam gnaisses Paleoproterozóicos do Complexo Caicó.

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