Esta experiência vai ficar na mente dos paulateiros por muito tempo, confesso que ao chegarmos na Fundação Casa em Lins, a primeira relação comparação nos remete a um presídio e lembrei da música "Diário de um detento (Mano Brown). Lá dentro a impressão é outra, vimos jovens de porte físico invejável, em recuperação, companheiros, solidários, sentimentais, tristes e alegres ao mesmo tempo. Além de nossa batucada, Danúbio Gomes coordenou uma roda de conversa com os garotos e depois com a psicóloga da instituição, ainda tivemos a participação deles tocando conosco, tiveram uns que cantaram Rap e Funk além de Sertanejo, músicas feitas por eles mesmos. Teve jovem que chorou com nossas falas e conselhos, ainda ouvimos um Rap de nossa companheira de grupo Jujux e eu também me mostrei um pouco, mas só um pouco, afinal de Rap eles entendem. Com certeza eles não são anjos e muitos ao saírem continuarão na vida do crime, mas se tiverem uma oportunidade por parte do Estado ou da própria sociedade, muitos outros se recuperarão. Ouvimos o caso de um que se preparou para o ENEM enquanto estava retido e conseguiu uma bolsa na Universidade, mas esses casos são raros, é um em um milhão, a realidade nos faz descer da utopia. Se quisermos mudar a situação temos que sair do comodismo. Agradecemos os responsáveis pela segurança da instituição por toda a gentileza para conosco, agradecemos principalmente aos coordenadores do FREPOP e aos jovens da Fundação Casa.
Foto de Larissa Paraguassú: Pau e Lata em Frente à Fundação Casa
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